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A motosserra ultraliberal do governo de Javier Milei não tem tido um caminho fácil na Argentina. Após o anúncio de corte no repasse de subsídios para o transporte das províncias, dois governadores responderam à medida: o de La Rioja partiu para o confronto e o de Córdoba busca costurar o diálogo e o consenso.

O governador de La Rioja, Ricardo Quintela, antecipa que “um julgamento político poderia ser iniciado com o presidente, uma vez que o país não pode estar nas mãos de tal pessoa”.

O comentário de Quintela foi feito durante uma entrevista neste domingo (11) para a Rádio El Destape. O governado fez duras críticas ao corte dos subsídios de transporte.

O governador de La Rioja questionou, inclusive, a sanidade mental de Milei. Ele considera difícil para o presidente reconstruir a confiança dos argentinos porque “ele não está em seu equilíbrio saudável, ele não está no eixo”.

Já o governador de Córdoba, Martín Llaryora, optou por uma estratégia de diálogo e moderação em resposta às críticas e medidas adotadas pelo presidente, incluindo o corte de subsídios de transporte.

Essas duas respostas de governadores às medidas ultraliberais de Milei somam-se a reações como as dos governadores de Buenos Ayres, Córdoba e Santa Fé que articulam invocar o Pacto San José Flores, de 1859, para deixar de pagar impostos de exportação ao governo federal.
Um breve resumo das derrotas de Milei

Milei foi empossado há apenas dois meses, em 10 de dezembro, e já coleciona derrotas políticas que dificultam a cada dia a governabilidade de um país que vive uma crise econômica aguda.

Em 2023, a Argentina registrou a inflação mais alta do mundo em 2023, de 211%. O índice foi o mais alto no país portenho desde o início da década de 1990.

Segundo uma estimativa da Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as principais economias mundiais, a Argentina também terá a maior inflação do planeta em 2024.

A Ley Ombinus, um pacote de medidas ultraliberais de Milei, foi derrotada no Senado no último dia 6 de janeiro e vai começar a tramitar do zero.

Outra medida do extremista de direita que sofreu perdas na Justiça foi o Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), que busca derrubar o valor do peso argentino, destruir a legislação trabalhista permitindo até mesmo que salários sejam pagos em carne ou bananas, além de promover todo tipo de desregulamentação que favoreça as grandes corporações e o mercado financeiro.

Um dos motivos para explicar as derrotas de Milei está no povo argentino nas ruas, sem trégua para o aspirante a ditador. O governo dele bem que tentou segurar as manifestações populares com um protocolo anti-piquetes, mas foi derrubado pela Justiça Federal.

 

Via Revista Fórum

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